Sábado Trágico (1955)
Film noir, quase documental, sobre o quotidiano de uma pequena e típica cidade americana nos anos de ouro do American Dream.
Sinopse:
Um notável e pouco conhecido filme policial de Richard Fleischer, adaptado do livro de William Heath. Uma pequena comunidade do Arizona vê a sua tranquilidade abalada quando o banco local é assaltado. Em paralelo, acompanham-se os pequenos dramas da vida de vários habitantes, desde um frustrado banqueiro a uma velha bibliotecária que procura um empréstimo, um casal em crise, e um ex-combatente que o filho julga não ter ido à guerra por cobardia.
Ficha técnica:
Título original: Violent Saturday
Realizado por Richard Fleischer
Com Victor Mature, Richard Egan, Stephen McNally, Virginia Leith, Tommy Noonan, Lee Marvin, Sylvia Sidney, Ernest Borgnine
Estados Unidos, 1955 - 91 min
O melhor: O retrato nostálgico do quotidiano de uma pequena e típica cidade americana dos anos 50.
O pior: A rápida e pequena conclusão.
Este film noir é ao mesmo tempo um testemunho colorido e quase documental de uma pequena e típica cidade americana nos anos de ouro do American Dream. Margaret Hayes destaca-se no papel secundário de sedutora endiabrada, repetindo mais uma vez um género de personagem que personificou nos anos 50 e 60. Para além de Hayes, o elenco conta também com boas prestações de Victor Mature e Richard Eagen.
Um dos que mais gostei foi sem dúvida a personagem do diretor do banco, Harry Reeves (Tommy Noonan). Reeves é um geek, um Clark Kent hilariante que está perdido de amores por uma bela e jovem enfermeira (Virginia Leith) e não sabe como lidar com isso, levando-o a desconcertantes e cómicas atitudes, que servem de contraponto ao enredo principal - o assalto ao banco.
Os três ladrões têm potencial mas acho que
podiam ter desenvolvido um pouco mais as suas motivações. Mesmo assim, cumprem
a sua função.